Perda Auditiva: Desde 2010 com a Lei Federal nº 12.303/2010, o teste da orelhinha se tornou obrigatório em todas as maternidades do país, é importante que os futuros papais se atentem a esse teste e cobrem que ele seja feito logo após o nascimento e, se possível, antes da alta hospitalar.
A triagem auditiva é feita pelo exame de emissões otoacústicas. Ele é importante para a identificação da perda auditiva de forma precoce, de modo que quando o bebê falhe nesse exame, a recomendação é que o teste seja repetido e, caso novamente, o resultado seja alterado ele deve realizar o PEATE (Potencial Auditivo de Tronco Encefálico) automático, que também é um teste de triagem.
Se esse exame também apresentar resultado alterado, o bebê deve realizar o PEATE diagnóstico por frequência específica.
O PEATE diagnóstico ou também conhecido com BERA, deve ser realizado o quanto antes, pois é a partir dos resultados obtidos nele que a fonoaudióloga irá iniciar a reabilitação auditiva.
A recomendação é que a adaptação dos aparelhos auditivos seja realizada até os 6 meses de vida, tendo em vista que o primeiro ano de vida do bebê é um dos mais importantes para o desenvolvimento. Se ele já estiver sendo reabilitado com 6 meses de idade, os resultados obtidos serão muito mais satisfatórios, possibilitando um desenvolvimento de fala adequado.
É comum crianças maiores serem encaminhadas pela escola ou familiares para avaliação auditiva com dúvidas a respeito sobre a audição delas. Muitas vezes as queixas estão relacionadas ao atraso de fala, muito desatenção e dificuldade escolar.
Para avaliação em crianças muito pequenas o exame indicado é o PEATE. Para a realização dele a criança deve estar dormindo, ele é um exame objetivo que avalia a via auditiva e que não depende das respostas do paciente, em alguns casos quando a criança não dorme para realização do exame ele é realizado com sedação em centro cirúrgico.
A partir de 1 ano de idade já é possível realizar a audiometria condicionada com reforço visual. Ela sempre deve ser realizada por duas fonoaudiólogas e, nesse caso, o resultado depende da resposta da criança, portanto é necessário a colaboração para a realização do exame. Muitas vezes é preciso mais de uma consulta para que a criança se familiarize com as avaliadoras, com o ambiente, permita a colocação dos fones e responda de forma confiável e satisfatória.
Além da audiometria, outro exame realizado para avaliação das condições da orelha média é a Timpanometria, esse exame é importante para avaliar a presença de secreção no ouvido da criança. Muitas vezes as otites podem ser silenciosas, não causando queixas de dor, porém elas causam perdas auditivas temporárias. Para crianças que estão em processo de aquisição da fala, as perdas auditivas decorrentes de otites repetitivas, podem causar grandes prejuízos e atrasos de fala.
Caso você possua qualquer dúvida sobre a audição de seus filhos procurem um médico otorrinolaringologista e solicite uma avaliação auditiva, ele saberá orientar sobre qual o melhor exame de acordo com a idade da criança.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Sthefany Figueiredo