Surdez e seu impacto social

Surdez: Vou começar o meu texto de hoje citando um frase bem conhecida de Helen Keller: “A cegueira nos afasta das coisas, a surdez nos afasta das pessoas”. Para quem ainda não conhece, Helen Adams Keller foi uma escritora, conferencista e ativista social americana. Foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um bacharelado. Não acredito que ao criar a célebre frase o objetivo de Helen era comparar deficiências, com certeza o objetivo maior era demonstrar o desafio que o surdo ou o deficiente auditivo (como queiram) enfrentam todos os dias em sua vida social.

Pensem que as atividades mais simples do dia-a-dia podem estar bastante comprometidas pelo prejuízo auditivo. O simples fato de acordar com hora marcada pode ser um problema para quem simplesmente não ouve o despertador, mas que será cobrado como qualquer outro cidadão para cumprir suas obrigações no tempo exato.

O silêncio parcial ou absoluto pode abolir da vida sinais sonoros fundamentais para a sobrevivência, como o som de uma sirene de incêndio, buzinas, etc. Imagine como deve ser difícil ser surpreendido com a chegada de alguém que não se pode ouvir!

Na escola o aprendizado se baseia em instruções orais e, por mais que exista a politica da inclusão, todos sabemos que está longe de atender ao que se propõe. Via de regra escolas são lugares com acústica ruim, muito barulho e que na maioria das vezes não contam com profissionais preparados para receber pessoas com dificuldades auditivas. No trabalho não é muito diferente, tarefas corriqueiras como participar de reuniões ou simplesmente atender o telefone podem parecer impossíveis.

Imagine agora como a deficiência auditiva pode interferir nos momentos de lazer, como fica difícil participar de uma festa, de um jantar, ir a um teatro, jogar cartas, enfim realizar tarefas prazeirosas, mas que se baseiam exclusivamente na comunicação.

Esta limitação invisível, mas bastante comprometedora, faz da deficiência auditiva uma ameça ao convívio social, tirando do ser humano o que ele tem de melhor, ou seja, a capacidade de comunicar-se e de contribuir com suas ideias. É por isso, que tão frequentemente, a surdez está associada à depressão e ao isolamento social.

“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”

Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024