Perda Auditiva pode ser genética?

Existem vários tipos de perda auditiva e a causa pode estar vinculada à hereditariedade e a fatores genéticos.

Os estudos cada vez mais caminham para mapear a mutação genética associada a perda auditiva. E, segundo os especialistas, as perdas auditivas podem aparecer de diferentes formas.

A célula ciliada, que está localizada no ouvido interno, tem um papel fundamental na nossa audição e caso sofra alguma alteração pode acarretar a perda auditiva. Também podemos ter danos na orelha externa e média, prejudicando o desenvolvimento auditivo.

As mutações genéticas, portanto, podem ocasionar diferentes tipos de lesões na audição.

Fatores genéticos também podem deixar as pessoas mais susceptíveis à perda auditiva do que outras, tendo mais facilidades à doenças causadas por ruídos, medicamentos e infecções.

Vamos conhecer algumas doenças que tem como origem a hereditariedade e fatores genéticos:

• Otosclerose: é uma doença provocada pelo crescimento anormal de tecido ósseo, impedindo a movimentação do estribo. O estribo é um dos ossículos da orelha média. Uma vez imobilizado não consegue fazer a vibração das ondas sonoras da orelha média para a interna.
• Síndrome de Usher: esta síndrome é resultante de uma mutação genética que afeta as células nervosas da cóclea, órgão do ouvido interno, podendo acarretar a disfunção vestibular. Outras células afetadas são as fotorreceptoras da retina que fazem a conversão da luz em impulsos elétricos que são levados até o cérebro. É uma doença que associa a surdez com a perda gradual da visão.
• Síndrome de Alport: é caracterizada pela perda progressiva da função renal e auditiva, podendo afetar a visão.
• Síndrome de Penderd: é causada por um defeito hormonal, responsável pelo metabolismo e regulação do crescimento. A perda auditiva normalmente é neurossensorial, de grau profundo com deformação de alguns ossos do ouvido interno em 85% dos casos.

Essas são algumas doenças em que a perda auditiva está presente. O aconselhamento genético é fundamental, além de toda orientação e acompanhamento dos profissionais de saúde.

A audição é essencial para o desenvolvimento intelectual e integração social do indivíduo, seja ele bebê, criança, adulto ou idoso.

As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”

Fga Luciane Vergueiro Neves Dias 
CRFª 2-9551