Aparelhos Auditivos: Quando recebemos uma criança que tem a confirmação da perda de auditiva, temos que pensar que ela precisa ter acesso ao mundo sonoro, com todas as suas peculiaridades, pois estes nos fazem interagir com o meio social.
O fonoaudiólogo, especialista em audiologia, deve orientar e iniciar o processo de adaptação dos aparelhos auditivos. Nesse processo a atuação dos pais é fundamental para que observem o comportamento do bebê ou da criança frente aos estímulos sonoros.
Em relação aos aparelhos auditivos temos questões importantes para verificar:
- O modelo do aparelho: geralmente utilizamos os retro auriculares (aqueles que ficam atrás do ouvido)
- O posicionamento na orelha deve estar correto, por isso o aparelho deve ter o gancho pediátrico
- O aparelho deve ter uma trava de segurança no compartimento de pilha
- Deve ser compatível com sistema FM, hoje recurso indispensável para as crianças em fase escolar
- Aparelhos com resistência a umidade e a água
É muito importante a higienização e os cuidados no manuseio dos aparelhos auditivos:
- Cuidados com quedas
- Não utilizar produtos químicos para a limpeza
- Evitar exposição a calor extremo.
- O uso do desumidificador é imprescindível para manter a qualidade do equipamento
- Sempre siga as orientações do fonoaudiólogo
O sistema FM, como mencionamos acima, é um dispositivo auxiliar que transmite o som diretamente da fonte sonora ao aparelho auditivo. Em determinadas situações, a distância que a criança fica do professor, o ruído, eco ou falta de contato visual dificultam ouvir adequadamente. Esse sistema capta o sinal de fala e transmite, sem fio, diretamente para os aparelhos auditivos.
Devemos também lembrar que para o sucesso do desenvolvimento da linguagem e funções auditivas, a criança deverá ser acompanhada com sessões de terapia fonoaudiológica.
A criança deve estar exposta a todas informações sonoras, pois o período escolar, é uma fase crítica para o desenvolvimento das habilidades de linguagem, por isso devemos estar sempre atentos e surgindo dúvidas converse com os profissionais capacitados.
A distância entre o seu filho e o falante, o ruído, o eco ou a falta de contato visual podem dificultar a audição. A melhor forma de superar estas dificuldades é complementar a adaptação do aparelho auditivo e, como qualquer dispositivo eletrônico com circuitos digitais e miniaturizados, os aparelhos auditivos requerem um cuidado especial no manuseio e limpeza. Evitar quedas, contato com água, calor excessivo e umidade auxiliam na manutenção do mesmo.
Com relação adaptação dos sistemas de FM, preferencialmente optamos pela adaptação de aparelhos auditivos que tenham entrada de áudio para adaptar um sistema de FM. Não é indicada no caso de uma adaptação pediátrica a adaptação do sistema de FM por indução magnética. Sobre a amplificação em freqüência alta e recursos que auxiliam a percepção dos sons de fala: pesquisas recentes têm demonstrado que a adaptação de aparelhos com a Compressão de Freqüência não linear habilitada (SoundRecover) possibilita melhores resultados na detecção e identificação dos sons de fala, característicos da região de freqüência aguda.
No caso de crianças que estão em processo de desenvolvimento de linguagem, o acesso à estas informações é extremamente importante para oferecer as pistas que auxiliarão na produção de fala e percepção desses sons. Essas são algumas recomendações realizadas pelos principais órgãos científicos e seguidas por profissionais que possuem experiência na área da audiologia pediátrica e adaptação de dispositivos de amplificação.
O contexto e as necessidades específicas da criança são norteadores desse processo. É muito importante a troca de informações entre os profissionais envolvidos nos cuidados, da avaliação médica e audiológica ao processo de reabilitação, bem como os relatos de observações da família.
As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Luciane Vergueiro Neves Dias
CRFª 2-9551