O implante coclear é um dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente com a função de substituir o ouvido de pessoas que apresentam perdas auditivas severas a profundas e que não apresentem benefícios com aparelhos auditivos convencionais. O implante é composto por um dispositivo interno (implantado cirurgicamente) e um dispositivo externo (processador de fala).
Implante coclear – dispositivo interno
O dispositivo interno possui um feixe de eletrodos que deve ser inserido na cóclea do indivíduo com perda auditiva, e este dispositivo irá substituir a função das células ciliadas, ou seja o impulso elétrico proveniente do feixe de eletrodos será transmitido diretamente para o nervo auditivo.
Implante coclear – dispositivo externo
O dispositivo externo é composto pelo processador de fala, que é bem parecido com um aparelho auditivo. Neste dispositivo encontram-se os microfones responsáveis pela captação da energia sonora, um processador que transforma o sinal acústico em elétrico e uma antena, que após o som ser transformado pelo processador vai encaminhar através da transdução magnética o som transformado pela unidade externa para a unidade interna.
Quem pode usar o implante coclear
Considera-se candidato ao uso do implante coclear todo indivíduo com perda auditiva de grau severo a profundo que não tenha benefícios com aparelho auditivo convencional, ou seja, não tenha percepção de fala adequada. Para realizar a cirurgia é necessário observar algumas limitações anatômicas, como por exemplo, presença de nervo auditivo ou de cóclea. Os pacientes que apresentam maior benefício são crianças pequenas (até 4 anos de idade), ou adultos que tenham perdido a audição, mas que possuam código oral já estabelecido.
Se o paciente apresenta perda auditiva bilateral o ideal é que a cirurgia seja realizada bilateralmente, pois a audição binaural melhora a percepção espacial e favorece a compreensão de fala no ruído.
A cirurgia consiste em um pequeno corte atrás da orelha por onde será introduzida a unidade interna. Normalmente, o paciente fica apenas um dia no hospital e não apresenta muita dor no pós-operatório. A ativação da unidade externa ocorre 30 dias após a cirurgia e será neste momento que o paciente começa a ter sensações auditivas.
No início estas sensações podem parecer bastante estranhas, porém com o passar do tempo os sons recebidos pelo paciente são extremamente semelhantes com o ouvido normal, o que irá possibilitar o desenvolvimento ou a reabilitação da comunicação oral.
Em caso de dúvida, consulte um especialista.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024