A perda auditiva pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa, afetando não apenas sua capacidade de ouvir, mas também seu bem-estar emocional, psicológico e cognitivo.
Embora muitos não percebam imediatamente, as consequências da perda auditiva vão além da dificuldade em ouvir sons e podem englobar uma série de efeitos negativos que afetam a saúde mental de uma pessoa.
Esses efeitos não se limitam às pessoas idosas, como muitas vezes se pensa, mas também podem atingir jovens e adultos, causando um impacto profundo na sua capacidade de interagir com os outros e de lidar com as demandas cotidianas.
Um dos efeitos mais imediatos e visíveis da perda auditiva é o isolamento social.
Pessoas com dificuldades auditivas tendem a evitar situações sociais, como conversas em grupo ou até mesmo eventos familiares, simplesmente porque têm dificuldade em acompanhar o que está sendo dito, especialmente em ambientes barulhentos, onde o som de fundo torna ainda mais difícil a compreensão da fala.
A frustração de não conseguir participar ativamente de uma conversa pode levar a um afastamento progressivo de atividades sociais. Esse distanciamento, por sua vez, pode gerar um sentimento de solidão e desconexão, o que frequentemente desencadeia emoções negativas, como tristeza, ansiedade e até mesmo desânimo e depressão. À medida que a pessoa se sente cada vez mais excluída, a tendência é que essa sensação de isolamento se intensifique, o que pode prejudicar ainda mais sua saúde mental.
Outro efeito importante da perda auditiva é o impacto direto na autoestima da pessoa.
A vergonha de não entender o que os outros estão dizendo pode fazer com que a pessoa se sinta constrangida e hesite em pedir que repitam as informações ou falem mais devagar.
Isso é frequente em situações sociais, como almoços em família ou encontros com amigos, onde o medo de ser mal interpretado ou de passar por inconveniente pode levar a um comportamento introvertido e ao distanciamento dos outros. Esse estigma social, muitas vezes autoimposto, pode gerar uma série de problemas emocionais, como insegurança, baixa autoestima e até o desenvolvimento de quadros depressivos.
Com o tempo, a sensação de perda de controle sobre a comunicação e o medo de ser incompreendido podem agravar ainda mais esses sentimentos de inadequação.
Precisamos entender que quando a audição é prejudicada, torna-se difícil captar as sutilezas das interações sociais, como o tom de voz ou a expressão emocional nas conversas. Isso pode gerar confusão, frustração e um certo grau de angústia, à medida que a pessoa tenta acompanhar a conversa sem conseguir entender completamente as mensagens que lhe são transmitidas.
Felizmente, existem soluções eficazes que podem ajudar as pessoas a lidarem com a perda auditiva e mitigar seus efeitos sobre a saúde mental, como o uso de aparelhos auditivos.
Eles podem restaurar a capacidade de ouvir e melhorar significativamente a comunicação, permitindo que a pessoa se sinta mais confortável e confiante em suas interações sociais. O uso adequado dos dispositivos ajuda a melhorar a qualidade de vida, pois a pessoa passa a compreender melhor os sons e as palavras ao seu redor, o que facilita o convívio com amigos e familiares e reduz o impacto negativo na saúde mental.
É importante ressaltar que além do uso do aparelho auditivo, o acompanhamento audiológico é tão importante quanto. Regulagens desses aparelhos precisam ser realizadas com profissionais com experiencia na área e que pratiquem as boas práticas audiológicas, para assim, potencializar o resultados com os aparelhos.
Além disso, o apoio psicológico e as terapias de reabilitação auditiva desempenham um papel crucial na reintegração da pessoa à sociedade, mudanças emocionais e psicológicas causadas pela perda auditiva, promovendo a aceitação do problema e incentivando a pessoa a buscar soluções para se reintegrar socialmente.
O tratamento adequado não só ajuda a restaurar a audição, mas também contribui para a manutenção da saúde mental, permitindo que a pessoa se sinta valorizada, conectada e capaz de viver de forma plena e satisfatória.
O apoio adequado, tanto físico quanto emocional, é essencial para garantir que a perda auditiva não se torne um obstáculo insuperável para o bem-estar de uma pessoa, mas, sim, algo que pode ser tratado e gerido com sucesso.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Venha conhecer as soluções audiológicas da On Aparelhos Auditivos.
Fonoaudióloga Déborah Aurélio Temp
Pós-graduanda em Seleção e Adaptação de Dispositivos Auxiliares de Audição
Mestranda em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação – UNICAMP
Crfa 2-2420