Perda auditiva unilateral é aquela perda em um ouvido só e, como já sabemos, traz enormes consequências para o indivíduo.
Então, quais possibilidades de tratamento que teríamos nesse caso?
Dependendo do grau da perda auditiva, a amplificação com aparelhos auditivos, seria muito benéfico, pois teríamos uma estimulação constante da audição.
Em casos de perda auditiva com severidades severa/profunda, temos indicação de próteses auditivas ancoradas no osso que realiza estimulação óssea direta. A indicação precisa, da prótese auditiva ancorada no osso, deve ser feita por uma equipe interdisciplinar que inclui entre esses, um cirurgião otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo e atendimentos complementares como psicologia e serviço social, quando necessários.
Quando a criança tem menos de 5 anos, a cirurgia é contraindicada. Nesse período podemos utilizar o AdHear, um dispositivo de condução óssea não implantável e que não exerce pressão sobre a pele do bebê ou da criança. Após essa idade o paciente já está apto a cirurgia, porém nada impede dele continuar usando esses sistema condução.
Outro sistema importante nos casos de perda auditiva unilateral, é o implante coclear. O implante é formado por um componente externo e um interno. O processador de áudio que é usado externamente faz, a detecção e envia os sons para o ouvido interno. A parte interna é formada por um receptor e eletrodos que ficam posicionados dentro da cóclea. No entanto, essa indicação também deve seguir critérios, os quais são informados pelos especialistas.
O sistema CROS da Phonak, outro aparelho utilizado nas perdas auditivas unilaterais, funciona da seguinte maneira: o aparelho CROS é colocado no ouvido comprometido e transmite sem fio para o aparelho auditivo Phonak no outro ouvido. O paciente conseguirá perceber melhor a fala de uma pessoa nos diversos ambientes, ouvir sons de diferentes direções e ficar mais atento.
O intuito de mostrar todas essas tecnologias é que a perda auditiva unilateral prejudica o desenvolvimento da comunicação em diversos aspectos e não deve ser menosprezada.
Devemos sim ter conhecimentos das diversas tecnologias para que possamos informar nosso paciente e familiares.
As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Luciane Vergueiro Neves Dias
CRFª 2-9551