Para tentar entender as principais causas de perdas auditivas em crianças, iremos dividi-las em causas pré-natais (determinadas antes do nascimento) e pós-natais (determinadas após ao nascimento).
Perdas auditivas em crianças: Causas pré-natais
Cerca de 50% de todos os casos de perdas auditivas congênitas em crianças são de origem genética, 20% a 30% possuem causa desconhecida. As enfermidades pré-natal conta com 5% a 10% dos casos congênitos incluem as infecções congênitas como a rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes ou sífilis e consumo de ototóxicos pela gestante. A deficiência auditiva também pode ser encontrada em crianças com má formação de cabeça e pescoço e/ou síndromes.
Perdas auditivas em crianças: Causas pós-natais
As causas mais comuns relacionam-se com baixo peso ao nascimento (peso inferior a 1500 gr), ocorrência de hiperbilirrubinemia, uso de drogas ototóxicas no período neonatal, permanência em UTI neonatal por mais de 5 dias. Infelizmente não é raro que a causa da deficiência permaneça indefinida. Para que a deficiência auditiva seja identificada ao nascimento é imprescindível a realização da triagem auditiva neonatal. Sem a triagem o diagnóstico depende da observação dos pais, e em alguns casos, a deficiência só se tornará evidente com o atraso do desenvolvimento.
Além da investigação ao nascimento é necessário que a audição da criança durante toda a vida, seja avaliada em outras situações:
- história de trauma crânio-encefálico;
- explosões;
- mergulho;
- meningite bacteriana;
- doenças infecciosas;
- ototoxidade;
- infecções de ouvidos crônica;
- entre outras.
A presença de doenças sistêmicas e metabólicas devem ser consideradas. As alterações genéticas também podem em alguns casos levar a perdas auditivas em crianças de aparecimento tardio.
O diagnóstico adequado depende da faixa etária da criança a ser avaliada. Antes dos 2 anos de idade, o ideal é a avaliação eletrofisiológica, ou seja, avaliação objetiva que não depende da resposta da criança. Neste caso, seria necessário determinar o tipo e grau da perda auditiva e para tanto recomenda-se a utilização das emissões otoacústicas e a pesquisa dos potenciais evocados por frequência específica (nas frequências de 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 4000Hz) em duas formas de apresentação (por via aérea e por via óssea).
Nas crianças maiores é possível utilizar a audiometria infantil condicionada, na qual a criança é orientada a desempenhar um ato motor ao ouvir o estimulo sonoro. Em todos os casos, recomenda-se a realização de mais de um teste com a finalidade de checar a confiabilidade dos resultados.
Em caso de dúvida, consulte um especialista.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024