Perda Auditiva: Quando dizemos que alguém “fala alto”, estamos nos referindo a uma característica da nossa voz: a intensidade.
Uma pessoa com perda auditiva apresenta uma diminuição na acuidade, ou seja, necessita de sons com intensidades mais fortes para que sejam percebidos auditivamente.
Embora pareça um processo automático, quando falamos, estamos constantemente ouvindo a nossa própria voz. É por este motivo que não gritamos em uma biblioteca, ou sussurramos em um shopping. Nosso organismo é capaz de monitorar a qualidade de nossa voz, por meio da nossa audição. Esse mecanismo de monitoramento é conhecido como feedback auditivo.
O feedback auditivo não está envolvido apenas no controle de intensidade, mas também controla diferentes características da nossa produção de fala, como a velocidade (se falamos mais rápido ou mais devagar), a frequência (voz mais “grossa” ou mais “fina”), a articulação (a forma como produzimos os sons), entre outras.
Pessoas com perda auditiva acabam aumentando a intensidade da voz (“falando mais alto”), no intuito de perceberem a própria voz. Quanto maior a perda auditiva, menor é o feedback auditivo, sendo ineficiente ou inexistente em perdas acentuadas.
Assim, o uso de dispositivos como os aparelhos auditivos e implantes cocleares, conforme indicados para cada caso e adaptados de acordo com a necessidade do indivíduo, visam estabelecer o acesso ao mundo sonoro. Por meio da audibilidade proporcionada por estes dispositivos, pessoas com perdas auditivas são capazes de perceber informações relacionadas a sua própria voz e, com isso, desenvolvem o feedback auditivo. Como consequência, as características da voz e da fala são aperfeiçoadas, podendo-se observar uma diminuição na intensidade da voz, ou seja, a pessoa passa a “falar mais baixo”.
Para que este processo ocorra de fato, é muito importante que o acompanhamento fonoaudiológico seja realizado, pois o fonoaudiólogo é o profissional habilitado para realizar as intervenções necessárias em cada caso.
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“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fgª Flávia Rodrigues