Próteses Auditivas: O EIPA – Encontro Internacional de Próteses Auditivas é um evento de referência em próteses auditivas, cujo diferencial é uma programação atual e de alto nível científico. O evento é frequentado anualmente por renomados profissionais nacionais e internacionais e tem na sua coordenação as reconhecidas fonoaudiólogas Dra Katia Freire, Dra Katia de Almeida e Dra Maria Cecília Martinelli. Já está no seu 15º ano.
Há 4 anos o EIPA é precedido pelo Encontro sobre Processamento Auditivo Central, que é coordenado pela Dra Eliane Schochat.
Neste ano, o encontro sobre processamento auditivo, mais uma vez discutiu sobre formas de avaliar o grande órgão responsável pela audição: O Cérebro. O enfoque desta vez foi o envelhecimento e as alterações provocadas pela perda auditiva. Discutiu-se a demência, suas correlações com a perda auditiva e a falta de estimulação auditiva, assim como as possíveis formas de reabilitação.
Nos dias destinados ao Encontro Internacional de Próteses Auditivas, tivemos uma invasão de tecnologia. O mundo realmente foi dominado pela conectividade e as próteses auditivas fazem parte desta realidade. Muito se discutiu sobre as diferentes opções que o mercado oferece para tornar os aparelhos conectados, cada vez mais as conexões acontecem de forma direta, ou seja, sem necessidade de interface e são possíveis a todos os usuários de aparelhos auditivos. Além da conectividade, as baterias recarregáveis, programas automáticos de escuta e microfones com direcionalidade automática ganharam destaque.
A tecnologia trará ainda mais mudanças para a audiologia. A teleaudiologia já é realidade e muito se discutiu sobre o atendimento à distância. Como podemos usar este recurso ao favor do paciente sem perder a qualidade do processo de adaptação de um aparelho auditivo. Em um futuro muito próximo os ajustes poderão ser feitos virtualmente, o que facilitará o atendimento a locais remotos ou à pessoas com dificuldades de locomoção.
Mais uma vez as empresas fornecedoras de próteses auditivas, trouxeram excelentes benefícios para favorecer quem sofre com perda de audição. Porém muito mais do que a capacidade e qualidade dos aparelhos auditivos, tornou-se evidente através dos estudos apresentados que o sucesso do processo de adaptação a um aparelho auditivo, é determinado pela competência e conhecimento do audiologista, que por sua vez, precisa se cercar de recursos objetivos para garantir a mais adequada amplificação e conforto ao paciente.
O audiologista foi levado a pensar qual será o seu papel na era da saúde digital. Foi convidado a se preparar para este novo caminho virtual, caminho este que parece sem volta!
Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024