A Síndrome de Down (trissomia do 21 ou SD) é uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo extra nas células de um indivíduo. Tal condição causa problemas no desenvolvimento corporal e cognitivo, promovendo características físicas típicas e deficiência intelectual em diferentes graus.
Estima-se que, a cada 700 nascimentos, 1 bebê tenha a condição. As chances aumentam à medida em que a mãe envelhece, sendo um dos maiores fatores de risco a gravidez acima dos 35 anos de idade. No Brasil, há cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Trata-se da condição genética e forma de deficiência intelectual mais comum no mundo.
Muitas alterações podem estar associadas à Síndrome de Down, entre elas, cardiopatia, hipotonia, malformações gastroenterológicas, hipotireodismo, entre outras. Infelizmente o sistema auditivo também é comumente prejudicado nestes casos.
Cerca de dois terços das crianças com Síndrome de Down apresentam algum tipo de perda auditiva, seja neurossensorial, mista ou condutiva. Porém, a prevalência maior são das perdas condutivas que chegam a 80% das crianças.
As perdas condutivas são causadas pelas otites, ou seja, presença de secreção em orelha média. As crianças com Síndrome de Down por apresentar um aumento de hipotonia, tem maior dificuldade na eliminação de secreções, além disso essa população também é frequentemente acometida de disfunções da orelha média, relacionados com malformações anatômicas, tais como: tuba auditiva anormal, estenose do conduto e hipoplasia da mastoide. Essas condições favorecem que durante grande parte da vida a audição esteja comprometida por perdas temporárias.
É imprescindível que o portador de Síndrome de Down receba acompanhamento otorrinolaringológico de rotina, com a finalidade de detectar e tratar o aparecimento de otites que irão contribuir para o aparecimento da perda auditiva e comprometimento da função comunicativa. A perda auditiva na infância mesmo que transitória, é considerada risco para o desenvolvimento de linguagem e para as habilidade do processamento auditivo.
Os portadores de Síndrome de Down precisam da comunicação preservada, pois dependem dela para aquisição de outras habilidades, portanto no caso de apresentarem perdas neurossensoriais e/ou quadros condutivos permanentes, precisam ser orientados quanto ao uso de próteses auditivas.
Em caso de dúvida, consulte um especialista.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024