O avanço da tecnologia nos Aparelhos Auditivos tem sido realmente surpreendente. Os primeiros aparelhos auditivos que se tem história eram enormes trombetas em forma de chifre com uma parte larga e aberta em uma das extremidades que captava o som e o direcionava para o conduto auditivo do paciente.
O desenvolvimento do aparelho auditivo moderno só se tornou possível graças a contribuição de dois grandes inventores: Alexander Graham Bell, que amplificou eletronicamente o som em seu telefone usando um microfone de carbono e uma bateria, e Thomas Edison que inventou o transmissor de carbono, que alterava os sons em sinais elétricos que podiam viajar através dos fios e podiam ser convertidos de volta em sons.
Ambas invenções foram usadas na produção dos aparelhos auditivos, que durante a Revolução Industrial começaram então a ser produzidos em massa, porém eram extremamente grandes e caros.
Os aparelhos auditivos de transistor começaram a ser fabricados em 1952, sendo projetados inicialmente para serem utilizados nas hastes dos óculos e posteriormente foram adaptados para se encaixar atrás da orelha.
O século XX foi marcado pelo início dos aparelhos digitais. O estímulo sonoro passou a ser transformado em dígitos que podem ser modificados de acordo com algoritmos, marcando assim a introdução dos aparelhos programáveis. No início do século XXI a tecnologia além de torná-los ainda menores e mais precisos, trouxe ajustes que permitem a acomodação virtual da amplificação a qualquer ambiente auditivo.
Vivemos a era dos aparelhos auditivos digitais inteligentes, que possuem faixa de frequência ampliada permitindo a captação dos diferentes fonemas da fala, múltiplos canais que valorizam a variação dos limiares auditivos de acordo com a frequência, microfones direcionais adaptativos que favorecem a vantagem na audibilidade da fala em detrimento do ruído, múltiplos programas de escolha automática de acordo com ambiente sonoro entre outros algoritmos inteligentes e surpreendentes. Além de tudo isto, os aparelhos já estão inserido no conceito “Internet das coisas”, ou seja através de informações fornecidas ao aparelho auditivo o usuário pode se conectar e modificar o funcionamento de outros equipamentos.
Estamos na era da conectividade, devemos estar sempre conectados em tudo e em todos, e os aparelhos seguem a mesma linha. Há algum tempo já se conectam a telefones celulares, TVS e GPS, e podem ser programados para enviar mensagens de SMS, ligar ou desligar eletrodomésticos a distância, de forma totalmente personalizada.
Todos estes benefícios podem contar com o conforto e a economia das baterias recarregáveis, que por sua vez também acompanham a evolução dos celulares, disponibilizando baterias de lítio, que permitem recarga sem memória.
O futuro… Será difícil arriscar falar sobre ele, mas com certeza os aparelhos auditivos irão surpreender não apenas aos usuários mais exigentes como aos profissionais mais antenados.