O zumbido é um som percebido pelo indivíduo sem que uma fonte externa o produza. Não é uma doença e sim um sintoma e, seus efeitos, são diferentes para cada pessoa.
Essa percepção está relacionada com o aumento de impulsos elétricos que a via auditiva envia para o córtex cerebral, geralmente como consequência de uma perda auditiva.
Estima-se que hoje que 28 milhões de brasileiros sofram com o zumbido e cerca de 17% da população mundial tem esse problema. A incidência aumenta com a idade, 1 em cada 5 pessoas, entre 55 e 65 anos, tem algum sintoma de zumbido.
As pessoas relatam barulhos semelhantes a chiados, apitos, barulhos de chuveiro, de cachoeira, de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha, de pulsação, entre outros. O incômodo ocorre de forma contínua ou intermitente.
Temos 4 níveis de classificação do zumbido:
- Leve: O incômodo auditivo é leve, quase imperceptível;
- Moderado: O paciente sabe da existência, mas não causa grandes transtornos;
- Intenso: A sensação passa a ser desagradável, incomoda e prejudica a realização das atividades habituais;
- Severo: O zumbido é constante e intolerável e as atividades da pessoa são severamente prejudicadas.
O zumbido pode estar associado a uma série de fatores, dentre eles: Otológicas, Psicológicas, Neurológicas, Odontológicas, Metabólicas, Cardiovasculares, Medicamentosas, Vícios e Maus hábitos alimentares e alterações nas estruturas que envolvem os ouvidos. É importante uma avaliação interdisciplinar.
Nas alterações otológicas o zumbido pode ser causado por: excesso de cera no canal auditivo, otites (infeções de ouvido), exposição à ruído, problemas no labirinto e a perda auditiva.
A causa mais frequente do aparecimento do zumbido é a perda auditiva. É necessário realizar uma avaliação detalhada da audição, incluindo a acufenometria exame que avalia a intensidade e a frequência do zumbido.
Nem todas as pessoas que sofrem de zumbido se incomodam com ele, mas aqueles que se incomodam ficam irritados, perdem o sono, evitam atividades sociais, apresentam dificuldade de concentração e a capacidade escolar e no trabalho é prejudicada, sendo que muitas vezes pode ocorrer a depressão.
Hoje existem diversos tratamentos propostos para o zumbido, como:
- TRT (tinnitus retraining therapy) que é uma terapia de habitação sonora;
- Aparelhos auditivos que possuem algoritmos específicos para a redução de zumbido;
- Geradores de sons externos.
De acordo com a Associação Americana de Tinido a perda de audição faz com que menos estímulos sonoros externos alcancem o cérebro. Em reposta a isso, o cérebro realiza mudanças neuroplásticas no modo com o qual processa as diferentes frequências sonoras. O zumbido é o produto dos problemas de adaptação a essas alterações neuroplásticas, isso significa que o cérebro tenta se adaptar à perda progressiva de audição, mas essa adaptação nem sempre funciona resultando no tinido.
Uma vez diagnosticada a perda auditiva, o médico otorrinolaringologista define a conduta e, se for o uso do aparelho auditivo, encaminha para o processo de adaptação e seleção de próteses auditivas.
Nós da ON, representante exclusiva dos Aparelhos Auditivos Phonak, realizamos todo esse processo auxiliando na reabilitação auditiva e no zumbido. Nossos aparelhos possuem tecnologia de terapia acústica para minimizar os efeitos desse sintoma.
É muito importante o comprometimento do paciente no tratamento e profissionais capacitados que orientem adequadamente sobre esse “som” que incomoda milhares de pessoas.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Luciane Vergueiro Neves Dias
CRFª 2-9551